Sophia como boa aluna que era, sempre tirava notas boas nas matérias, mas a matemática era seu ponto fraco, sempre tirava notas baixas.
Um dia, ao pegar seu boletim, chegou em casa depois da aula e começou a conversar com sua mãe, falando se sua frustração, “olha mãe, mais uma vez tirei nota baixa em matemática, se tivesse estudado mais, ou prestado mais atenção, teria ido melhor na prova. Sou uma burra mesmo, acho que nunca serei boa em matemática”, a mãe vendo aquela pequena menina frustrada, se aproximou, pegou em suas mãos e disse “oh minha filha, é só uma nota, a nota não significa que você é uma péssima aluna, ela não determina se você será uma boa profissional. Você pode errar, errar faz parte do nosso desenvolvimento, os erros vêm sempre para nos ensinar, não se culpe e nem se cobre tanto. Sabe o que eu acho que você precisa?” a filha, ainda chorosa, mas atenta as palavras da mãe disse “o que?” e a mãe respondeu enquanto tocava o pequeno coração da menina, “você precisa confiar mais em ti, de que é capaz. Tudo que precisa, já está aí bem dentro de você”, Sophia logo respondeu “mas como mamãe se meus amigos riem de mim e fala que são melhores do que eu?”, e a mãe “meu amor, quem disse que a gente precisa ser boa em tudo que faz ou melhor do que os outros? Isso não é uma competição. Vamos fazer um combinado? Vamos contratar um professor pra te ajudar e você dará o seu melhor, tá bem? Vamos resolver isso juntas.
Então, mãe e filha se abraçaram. A menina podia sentir naquele abraço silencioso, a paz, a segurança e a confiança de que tudo iria dar certo. Sorrindo disse “eu te amo mamãe”, e a mãe com um olhar doce, respondeu “eu também te amo minha filha.”
Nessa história podemos ver na pequena Sophia a frustração por não ter conseguido o que desejava, a culpa por pensar que o erro estava em si, e a cobrança pra ser boa em tudo que faz. Quando adulto, não somos muito diferentes da Sophia, ansiamos por ser bons em tudo que fazemos, desejamos ser visto, admirado, amado. E quando isso não acontece, nos frustramos, só que essa frustração e o medo muitas vezes nos faz procrastinar, achamos que precisamos ser perfeitos e que errar é ruim. Sem perceber estamos minando nossa criatividade e espontaneidade.
Na vida adulta, muitas vezes, não teremos uma mãe dócil e paciente para nos orientar. Esse acolhimento e reflexão precisa vir por conta própria, ou com a ajuda de uma psicóloga, quem sabe (risos).
O perfeccionismo é a recusa em se permitir seguir adiante. Você não precisa se paralisar por medo do que as pessoas irão pensar, por medo de não se sair bem ou por medo de errar. O erro faz parte do nosso processo de aprendizagem e evolução. Sabendo disso, solte o controle, tem certas coisas que não depende da gente. Aproveite o caminho, não se preocupe em como o outro vai receber ou o que irá pensar, isso não está sob seu controle. Se permita fazer o que deseja, com aquilo que tem no momento, aproveite mais a leveza e o prazer de criar, dando asas a sua imaginação, verá crescer e fortificar, e os seus sonhos realidade se tornar.
“Nós descobriremos a natureza de nossa genialidade específica quando pararmos de tentar nos enquadrar nos modelos estabelecidos e aprendermos a ser nós mesmos e permitirmos que nosso canal natural se abra” – SHAKTI GAWAIN
Com carinho, Nataly Messia
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