Numa manhã de um dia que parecia ser comum, Lia estava conversando com seu namorado Théo, e contando a história de sua infância, falava de uma menina tímida que tinha passado por muitos momentos de sofrimento, em sua família com as dificuldades da época, pelo bulling que sofria pela irmã mais velha e de alguns colegas da escola. Lia se sentia insegura, com baixa autoestima, ansiosa, sempre esperava que algo acontecesse que pudesse mudar sua vida.
Distraindo-se com facilidade, Lia viu a mensagem no celular de sua mãe e ficou toda feliz com a proposta de um encontro inesperado, já que sempre combinavam com antecedência de se verem. Se arrumando, pegou sua bolsa e foi ao encontro da mãe. A conversa estava agradável e para sua surpresa, a mãe comentou que encontrou um antigo professor da escola no qual Lia havia estudado e que disse sentir saudades daquele tempo, que Lia foi uma menina que fazia a diferença, que sempre trazia ideias inovadoras para a escola, organizava apresentações de danças, fazia coreografias, gincanas, sempre liderando a turma.
Impressionada ficou ao se dar conta de que o modo como o professor a via, era totalmente diferente da forma como se via e de como contava sua história. Não comentou nada com a mãe, mas ao chegar em casa, foi olhar seu facebook e viu alguns vídeos antigos da época da escola, se viu rindo, dançando, leve, alegre e espontaneamente.
– Quando foi que me perdi no meio do caminho? Pensou intrigada e emocionada ao mesmo tempo.
Em silêncio, a resposta veio, no momento em que começou a olhar só para as dificuldades que enfrentou na vida. Ao tomar consciência disso, uma onda de alegria tomou seu coração, como num espelho, o reconhecimento que tanto esperava, apesar de ter vindo de fora – do comentário do antigo professor – Lia só percebeu a magnitude disso, ao tomar consciência da forma como se enxergava.
Olhando para os vídeos, Lia chorou, ao se reconhecer em sua totalidade, ela era a criança que passou por muitos desafios, mas acima de tudo ela também era a criança, que permitiu sua essência expressar o que sentia, o que queria, o que via… o que acreditava!
Tanto tempo esperando o reconhecimento vir de fora, e naquele dia, entendeu que o reconhecimento precisava vir de si. Que as sementes que plantou ao longo da vida, em suas relações, mesmo que não apontadas ou exaltadas, faziam a diferença na vida das pessoas.
Integrando luz e sombra, Lia passou a olhar a sua vida sob outra perspectiva e a reescrever sua história, agora com muito mais alegria, acolhimento e satisfação.
O que mudou na vida de Lia? Depois do dia que parecia mais um dia comum, ela passou a confiar mais em si, a reconhecer e valorizar suas pequenas ações, a se sentir mais preenchida de sentimentos bons e grata pela vida.
“Se a semente soubesse que um dia viraria uma árvore bela e frondosa, cheia de frutos, será que ela se preocuparia?”
“As grandes viradas de chave, acontecem em dias comuns”
E se, de repente, você percebesse que sempre teve a resposta que tanto procurava?
É TEMPO DE FLORIR
Com carinho, Nataly Messia
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Nataly Pereira Messia
CRP 08/28444